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Saiba tudo sobre o método BLW que vem mudando a cabeça dos pais a respeito da introdução alimentar dos bebês

O momento em que o bebê passa a receber uma alimentação complementar – além do leite materno – é especial para toda a família. O comum é que esse processo comece a acontecer por volta dos 6 meses, quando a criança já desenvolveu o suficiente para provar novos gostos, texturas e temperaturas. Por muito tempo acreditava-se que nessa idade o permitido era apenas papinhas e sopas, no horário que os pais definissem. Novos métodos surgiram ao longo dos anos para melhorar a experiência e o desenvolvimento do bebê nesse período tão importante. Aí é que surge o BLW: Baby Led Weaning.

O que é BLW?

O nome foi criado pela agente de saúde britânica Gill Rapley, autora do livro Baby-led Weaning: Helping Your Baby to Love Good Food. A ideia é incluir o bebê nas refeições de família, deixar que eles sentem à mesa para comer, para criar autonomia e desenvolver diversas habilidades. Dessa forma, os pais colocam alimentos cortados ao alcance e o bebê escolhe quando e como levar a comida à boca. A criança é incentivada a comer com as mãos os alimentos cortados em pedaços, bem cozidos.

O que pensam os médicos

A recomendação oficial da Organização Mundial de Saúde é que os pais comecem a oferecer alimentos complementares a partir dos 6 meses.  Nessa idade, a criança já deve conseguir sentar sozinha e segurar os alimentos com as mãos e levar a boca, além de praticar a mastigação. Por isso, a recomendação é que o método só seja praticado a partir daí.

O Manual de Orientação do Departamento de Nutrologia da Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda o seguinte: “A alimentação complementar deve ser espessa desde o início e oferecida com colher. Deve-se começar de forma pastosa (papas ou purês) e, gradativamente, aumentar a consistência até chegar à alimentação da família”. Já para a fundadora do método BLW, no entanto, as papinhas são uma prática herdada do tempo em que se acreditava que os bebês precisariam de outros alimentos complementares já aos 3 ou 4 meses de idade.

Como fazer o BLW?

Você deve pensar em porções e formatos que a criança consiga pegar com as mãos e levar sozinha à boca. É fundamental que a alimentação seja saudável, com frutas, legumes e verduras. 

Uma dica para começar a usar o método é ao invés de servir a comida em um prato, deixar em cima do tabuleiro que vem nas cadeirinhas de bebê, para que os alimentos pareçam mais atrativos e chamem a atenção da criança.

O que dar para o bebê comer

  • Cenoura, brócolis, tomate, abobrinha, chuchu, couve, batata, pepino;
  • Inhame, abóbora, maçaroca de milho bem cozido, beterraba em palito;
  • Quiabo, vagem, couve-flor, omelete com salsinha;
  • Banana (retirar a casca até quase o meio), uva cortada ao meio, maçã fatiada, melão;
  • Macarrão parafuso, ovo cozido cortado em 4 pedaços, bolinho de arroz com feijão;
  • Peito de frango cortado em tiras, hambúrguer grelhado, carnes em pedaços podem ser usadas somente para chupar;
  • Frutas cozidas, sem casca e cortadas em palito.

Quanta comida devo oferecer?

É o bebê que decide o que quer e quanto quer comer em cada refeição. O ideal é colocar apenas 3 ou 4 alimentos diferentes no almoço e no jantar. Isso não quer dizer que o bebê vai comer tudo. Nesse caso, vale a experiência de pegar e colocar na boca para sentir o cheiro e o sabor. O bebê vai parar de comer quando deixar de sentir fome ou perder a curiosidade pelo alimento apresentado a ele. 

O que é proibido

Todo alimento que não possa ser segurado com a mão não deve ser dado ao bebê, como sopa, purê e papinhas. Para preparar os alimentos para o bebê, cozinhe apenas com água e o mínimo possível de sal. O azeite e o óleo de coco são bem-vindos, mas o óleo de cozinha não. Estão proibidos pão, biscoitos e doces. Nada de oferecer frituras, apenas alimentos grelhado e cortados em tirinhas. Salsicha, linguiça, embutidos, doces duros, moles ou pegajosos também não são indicados.

Como garantir que o bebê não vai engasgar

Para que isso não aconteça, o bebê deve permanecer sentado à mesa, tendo total controle do que pega e coloca na boca. Se ele já passou pelos estágios de desenvolvimento necessários para começar o BLW, há pouco risco de engasgar. Os pedaços grandes que não foram amassados pela gengiva podem ser retirados da garganta através do reflexo natural do bebê, mas, para que funcione, a criança precisa estar sentada ou de pé.

Por isso, nunca deixe seu filho sozinho se alimentando, nem recostado, deitado, nem distraído, andando ou vendo televisão. Toda atenção deve estar focada nos alimentos.

Quais são os benefícios do método BLW?

Os adeptos do BLW dizem que o método traz benefícios como: maior autonomia, melhor aceitação, maior variedade de alimentos e texturas, formação de um hábito alimentar mais saudável e menor risco futuro de obesidade.

Muitas famílias que optam por esse tipo de introdução alimentar dizem que as crianças acabam comendo de tudo e são bem mais abertas a novidades. No entanto, existem poucas pesquisas científicas até agora para demonstrar que o BLW funciona melhor que outras formas de introdução de sólidos.

O que se tem certeza é que assim que o bebê estiver pronto é importante oferecer pedaços de alimentos mais molinhos, para que ele aprenda a mastigar. Bebês que são apresentados aos sólidos mais tardiamente têm mais resistência e podem ser menos abertos a novos sabores conforme vão crescendo.

Existem contraindicações ao método BLW?

Até os mais apaixonados defensores do BLW concordam que se trata de um processo cheio de bagunça, sujeira e de uma boa dose de desperdício. 

Alguns bebês têm também mais dificuldade para mastigar certos alimentos, como carne bem passada, uma importante fonte de ferro. 

Muitos pediatras, nutricionistas e a própria OMS aconselham que alimentos bem amassados ou em forma de purê sejam introduzidos no início da transição junto a alimentos em pedaços. Ou seja, não é necessário “adotar” uma das teorias. Pode fazer experiências com várias formas de alimentação. 

Existe algum motivo para não tentar o método BLW?

Converse com o pediatra do seu filho caso ele se enquadre em um desses casos:

  • Histórico de alergias familiares
  • Problemas digestivos ou intolerâncias alimentares
  • Bebê com necessidades especiais
  • Bebê prematuro

Nós da Tatu Bola nos preocupamos com a saúde do seu filho em diferentes âmbitos. Enquanto você cuida da alimentação e outros aspectos, nos preocupamos em oferecer brinquedos atóxicos e que contribuem para o desenvolvimento da criança.

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