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Não entre em pânico

Cedo ou tarde você se verá diante da pergunta “Mãe, de onde vem os bebês?” Você pode se surpreender, rir ou até suar nas mãos. Não entre em pânico.

Entenda que a chegada desse tipo de pergunta é inevitável: isso permitirá que você assimile melhor e não esconda informações de seu filho. Não se surpreenda, você deve ver isso como é: um ato de curiosidade completamente natural. Toda pergunta merece uma resposta.

A hora é agora

Quando nossos filhos começam a ter mais consciência do que os cerca e do mundo em que vivem, dezenas de perguntas começam a surgir em suas cabeças. O ideal é que os pais estejam sempre prontos a dar-lhes respostas oportunas, mas acima de tudo, as mais realistas possíveis.

Nunca podemos esquecer que somos um exemplo e um modelo a seguir: quanto mais sinceros nos apresentarmos, mais nossos filhos confiarão. Eles saberão que sempre podem nos perguntar qualquer coisa. Uma criança bem informada e preparada é menos vulnerável.

O nascimento de um irmão ou primo certamente fará com que se perguntem como vieram ao mundo. Quando a pergunta surgir, você precisará respondê-la e estar preparado para mais perguntas sobre o mesmo tópico que certamente virão.

Esteja preparada

Agora que sabemos que em algum momento abordar o assunto será obrigatório e que não devemos ser pegos de surpresa, há alguns aspectos a serem levados em consideração ao responder a essa pergunta: a idade do seu filho, o local e as pessoas ao nosso redor.

A linguagem que você vai usar dependerá da idade do seu filho; quanto mais velho, mais explícito você pode ser. Se for uma criança muito pequena, você pode usar palavras mais sutis ou talvez, analogias que possam ajudá-lo. Mas esqueça a velha história da cegonha! As crianças hoje, são mais atentas, não as subestime.

A questão pode surgir em momento e local pouco apropriados, mas você há de saber lidar com a situação. A fila do banco pode não ser o cenário ideal para esta conversa. Crianças são espontâneas e devem ser tratadas como tal. Você vai precisar saber como adiar a conversa. Observe: adiar, não fugir dela.

 

As diferentes idades

Se seu filho perguntar, estará apto para absorver a resposta. Entre 3 e 4 anos começam a surgir as perguntas. Nestas idades, é apropriado fazer uma analogia como a história de “plantar a sementinha”; aproveite para contar que ele estava chutando a sua barriga e se mexendo dentro de você. Ele vai adorar saber isso. Não dê uma explicação excessivamente detalhada, para a qual seu filho não está preparado.

Entre os 5 e 6 anos, as perguntas tendem a ser mais específicas. Não se iniba de chamar tudo pelo nome. Alguns livros ilustrados podem ser extremamente úteis. É sabido que uma imagem vale mais do que muitas palavras.

Em torno dos 7 e 8 anos, as crianças já estão mais conscientes de seus corpos e das diferenças distintas entre um menino e uma menina. Eles sabem que os homens têm pênis e as mulheres têm vaginas, então a linguagem a ser usada precisa ser a mais clara possível.

Aos 9 e 10 anos, eles já têm uma ideia sobre sexo e você tem que explicar a eles que as crianças vêm ao mundo quando os pais têm certa maturidade, e principalmente depois de um ato que é feito com os sentimentos de ambas as partes. Não há fórmulas, as melhores palavras para explicar,você vai descobrir no momento da explicação.

Ouça com atenção o seu filho: às vezes uma resposta simples é suficiente para dissipar todas as suas dúvidas. Não tente desviar a conversa ou interrompê-la, isso apenas fará com que perca a confiança e vá procurar respostas em outro lugar.

Uma dica

Evite contar histórias de repolhos, abóboras, cegonhas. Estes contos ancestrais só fazem atrasar o momento em que você precisará realmente explicar a seus filhos como os bebês são feitos. Além disso, estas histórias carregam o peso do desamor. A criança parece ter chegado do nada num belo dia, sem ter sido desejada ou esperada.